Enigma (Ela)

Se eu pudesse ao menos com o talento

de um grande pintor, deslizar a ponta do lápis numa folha de papel tal qual contornando o teu rosto, tracejando as tuas linhas e quase que por um acidente deixasse escapar do pin(céu) um pinguinho de tinta ao sul do seu rosto, resgataria aquela pintinha bonita, e estranhamente surgiria sem o meu desenho irregular, o teu sorriso, sorrindo em mim essa tragédia que o meu querer predispõe.

Acontece...

Deve ser coisa do destino ou do meu coração bobo infantil que com um pingo de atenção, vai se desabrochando num Setembro qualquer, e feito primavera vai vendo flor na minha paisagem triste lucífera, tal qual toda beleza que você sai despejando nos meus dias...

Eu detesto, o teu jeito isolente, a sua mania de me contestar o seu jeito mandona, seu ar peculiar, e a sua expressão de tédio no olhar, acho tudo tão detestável, altamente preocupante e nocivo pra mim, um eterno dilema entre o que não posso desejar e o que já confesso em silêncio e segredo.

Afinal amigos! E você é mulher, bela, arredia e impossível... Combinação perfeita pra eu perder noites de sono, despejando poesia num papel...

Henry Moody
Enviado por Henry Moody em 19/09/2023
Código do texto: T7889482
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