Enigma (Ela)
Se eu pudesse ao menos com o talento
de um grande pintor, deslizar a ponta do lápis numa folha de papel tal qual contornando o teu rosto, tracejando as tuas linhas e quase que por um acidente deixasse escapar do pin(céu) um pinguinho de tinta ao sul do seu rosto, resgataria aquela pintinha bonita, e estranhamente surgiria sem o meu desenho irregular, o teu sorriso, sorrindo em mim essa tragédia que o meu querer predispõe.
Acontece...
Deve ser coisa do destino ou do meu coração bobo infantil que com um pingo de atenção, vai se desabrochando num Setembro qualquer, e feito primavera vai vendo flor na minha paisagem triste lucífera, tal qual toda beleza que você sai despejando nos meus dias...
Eu detesto, o teu jeito isolente, a sua mania de me contestar o seu jeito mandona, seu ar peculiar, e a sua expressão de tédio no olhar, acho tudo tão detestável, altamente preocupante e nocivo pra mim, um eterno dilema entre o que não posso desejar e o que já confesso em silêncio e segredo.
Afinal amigos! E você é mulher, bela, arredia e impossível... Combinação perfeita pra eu perder noites de sono, despejando poesia num papel...