AMOR BUCÓLICO (soneto)
Dar-te-ei alegria ao contemplar o tempo
Em que estiverdes sob o sol se espreitando
Ansiedade, inquietude em coração sedento
Ao longe um vulto sóbrio a ti chegando.
Nunca mais poderão dizer de ti “sozinha”
De olhar maduro e forte galopando
Descalços passearemos, nós a luz que lá jazia
Cicatrizando dores, fortes nos mostrando.
Não que não tenha outras dúvidas surgido
Mas se “amor” é sobre o “estar sentindo”
Bucolicamente estarei amando.
E subiremos vales, olharemos rios
Descobriremos mares e neles singrando,
Veremos, quando és tu de mim desvios.