AMOR BUCÓLICO (soneto)

Dar-te-ei alegria ao contemplar o tempo

Em que estiverdes sob o sol se espreitando

Ansiedade, inquietude em coração sedento

Ao longe um vulto sóbrio a ti chegando.

Nunca mais poderão dizer de ti “sozinha”

De olhar maduro e forte galopando

Descalços passearemos, nós a luz que lá jazia

Cicatrizando dores, fortes nos mostrando.

Não que não tenha outras dúvidas surgido

Mas se “amor” é sobre o “estar sentindo”

Bucolicamente estarei amando.

E subiremos vales, olharemos rios

Descobriremos mares e neles singrando,

Veremos, quando és tu de mim desvios.

Alberto Anderson
Enviado por Alberto Anderson em 15/09/2023
Reeditado em 19/09/2023
Código do texto: T7886392
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