“SONHO OU VISÃO”
Certa noite ...
Em silencio me achei,
Vendo um vulto aparecer-me, me apressei,
E o mesmo ocultou-se de repente!
Mesmo turvo...
Pois não pude ver quem é,
Porem a silhueta mostrava-se ser uma mulher,
A chegar enfim a minha frente!
Pude notar...
Seus cabelos escorridos,
Sobre seus ombros seminus desprotegidos,
A embarassar-se pela brisa fria!
Deu-me um calafrio...
Notando a tal cena acontecer,
Já eram altas horas próximo ao amanhecer,
Divisei ao longe a clara barra do dia!
Pareceu- me visão...
Embora não tenha certeza,
tornou-em meu semblante com ar de surpresa,
Por tal vulto mostrar-se bem ali!
Triste madrugada...
Passei anoite silenciosa e fria,
Porem tudo acabou-se ao mostrar-se o claro dia,
Vi tal silhueta na vastidão sumir!
Pareceu sonho...
Tudo que ali me aconteceu,
Indo-se a noite, quando claro dia apareceu,
Pude ver os rastros de alguém!
Como visão noturna...
Absorto em tal admiração,
Abrupto, irreal espanto tomou-me o coração,
Parecendo-me coisas do além!
Um frio vento...
Açoitou-me o corpo inteiro,
Vi-me acordado, sob umedecido travesseiro,
Por ter passado a noite a suar frio!
Quebra-se o encanto...
Quando ali pude perceber,
Que aquele tal vulto de certa forma era você,
Fazendo o meu mundo tão vazio!
Agora vejo...
O que antes eu não via,
De certa forma não me remeto as nostalgias,
Que me cercavam fazendo-me sofrer!
E a minha alegria...
Veio quando eu precisava,
Venci os medos que a minha alma torturava,
Voltando em mim a vontade de viver!
Cbpoesias
11/08/2023.