DESESPERO
Pauso o pensamento e fito-te,
Vagueio entre teu sorriso semi-aberto,
Será que te vejo, ou não existe
No teu semblante o amor que tanto quero.
Fico assim, horas a fio
Analisando-o a cada gesto,
Deste olhar às vezes frio,
Ora brilhante, ora inquieto.
Chega a tremer meu coração
Ao ti ver assim tão ereto,
Se tua intrepidez bagunça minha alma,
Ao mesmo instante que a acalma.
Mas, nesta hora soa ao longe
Urgindo da força do meu interior
Faz crescer no peito a vontade
De arranca-lo sem nenhuma dor.
Inquietude , sem nome definido
Só sei que simplesmente sinto,
A louca vontade de chorar...
Precinto, meu sentimento caído
Aos teus pés por querer te amar.
Tua presença lá imperiosa,
Ora vagueia, ora incomoda,
Por ser tua sombra em pensamento
- Deus, acabe com este sofrimento.