ARQUITETOS DA ANARQUIA!

Uma geração totalmente diferente.

Antigamente nos reuníamos em noites de calor em frente as nossas casas, nossos pais se conheciam, enquanto conversavam, nós brincávamos e quando uma bola acertava um portão com força, nossa éramos os rebeldes, sem educação e dependendo do pais ficávamos de castigo.

Quando um vizinho trabalhava a noite nossos pais fazíamos respeitar o sono dele durante o dia e a noite sempre estava de alerta em sua família porque sabia que o patriarca estava no trabalho.

Nos dias de inverno nossas mães se reuniam em uma das casas para tricotar, enquanto brincávamos todos juntos. Tomávamos café da tarde todos a mesa e nunca reclamávamos do que tinha ao contrario dávamos graças.

Nunca chegávamos ou saiamos sem cumprimentar.

Mas, por vezes fomos chamados de anarquistas, rebeldes, doidos por querer ficar com os amigos até tarde em uma sexta-feira ouvindo rock, às vezes tinha os famosos bailes de garagem.

Isso era rebeldia para os nossos pais, as musicas, as danças tudo isso era visto como um ato de rebeldia.

O tempo foi passando... O ato de cumprimentar, sorrir, abraçar, dizer eu te amo para pessoas queridas hoje é visto como ultrapassados, sim agora de rebeldes viramos os ultrapassados.

Hoje, as crianças têm um mundo particular, têm celulares, tablets, tv smart... Eles não querem saber se faz sol ou chuva. A única coisa que importa é o mundo digital.

Já não têm abraços, toques, cumprimentos, pedir a benção aos pais ou avós algumas crianças nem sabem que isso existe.

O nosso velho e bom rock roll tem sido “substituídos” pelos funks da vida.

A letra que antes era “imagine um mundo, melhor, sem violência...”

Hoje foi trocada por mostrarem suas partes intimas e as meninas amam serem rebaixadas.

Antes pedíamos paz, hoje eles tumultuam, pedem guerra, matam em nome de quê?

E isso é visto como problema emocional e não como rebeldia ou anarquia.

Um adolescente entra em uma escola ou shopping e mata dezenas e a culpa é do vídeo game.

Antigamente éramos amigos de todos na escola, dividíamos lanche e contávamos histórias sobre nossas famílias.

Hoje a criança não pode dizer nada do que acontece em sua casa porque os pais acham isso uma invasão na vida do outro.

Professores são assassinados por alunos. E sabe como isso é tratado:

O garoto ou a garota “está com emocional abalado”...

Antigamente emocional abalado era sua avó não vir no fim de semana, significava ficar sem o delicioso macarrão.

Hoje, quando ligamos para nossos netos ou sobrinhos não podem nos atender para não perder a partida de vídeo game.

Saudades eternas de tempos que não voltam mais, de cheiros de infância que nunca mais serão sentidos. Das blusas lindas e quentinhas tricotadas pelas avós ou nossas mães.

Quem são os verdadeiros arquitetos da anarquia?

Será mesmo que somos nós os nostálgicos.

Ou a geração “ Problemas emocionais?”.

Sil Rangel
Enviado por Sil Rangel em 31/07/2023
Código do texto: T7850288
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