A ÍNDIA IRACEMA
Sonhei que estava numa floresta,
esperançoso para chegar ao mar.
Assim eu caminhava a noite inteira,
até que aquele som que nos encanta,
o som inconfundível da cachoeira
me atraiu e levou àquele lugar.
Logo encontrei um lago iluminado
pelo brilho das estrelas e luz da lua.
Diante daquele verdadeiro poema,
fiquei imóvel e totalmente extasiado
vi sob a queda d’água a mulher nua.
Tratava-se da bela índia Iracema.
Seus olhos pareciam dois diamantes.
A natureza cantava hinos de louvores
àquele ser que era pura fascinação.
De repente até seus cabelos brilhantes
se uniam à queda das águas e flores.
Todo o seu corpo se transfigurava
em cristais como eu jamais imaginei.
Nunca esquecerei aquele momento,
em que cada pedrinha ao céu levitava.
Com novo e elevado astral acordei
e minh’alma hoje adora o infinito !
SP. 16/12/07
Fernando Alberto Salinas Couto