MELANCOLIA
O doce cadenciado dos
Meus versos cor de prata.
As cálidas paixões...
De uma mente sensata.
O ouro explorado...
As fornalhas quentes,
Os brados de um soldado negligente...
Que se encontra num campo em extinção.
Os gritos desesperados de
Um artista inocente.
Que vê o nada...
Nas duas mãos cravadas.
As paredes envelhecidas pelo tempo.
O açoite nos corpos seminus.
Uma noite fria, melancólica,
Um ruído abafado pelo vento.
Um homem enigmático,
Que vara as noites sem rumo,
Sem fé e sem esperança,
Apenas... um corpo solto no espaço.
Sete Lagoas/MG, 17 de setembro de 1985.