O SOL E O POETA!

Era doce a tristeza vespertina,

Ver o sol vermelho tombar no horizonte,

Prisioneiro ao desejar tocar a noite,

Condenado a agonia de só sentir seu perfume.

E de repente cantou a brisa

Enfim a noite desperta...

- É o sol batendo a porta?

- Não, só o besouro que tropeçou na janela,

Restava embaçada marejada de orvalho.

O fogo cedia ao frio,

Encantos de uma fada perversa,

O poeta como o sol se abraça a vida,

Deixando o tempo se perder na pressa.

Desejos, espólios, fagulhas de uma estrela cansada.

Razão de promessas nunca cumpridas.

Por fissura trocou o pão por um simples caderno,

Flagelo eterno de só com letras tocar sua musa.

Guaraci Pachú
Enviado por Guaraci Pachú em 06/06/2023
Reeditado em 16/06/2023
Código do texto: T7806668
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