Vou-me.

Vou-me para casa.

Para casa vou-me, lugar de se fechar e abrir.

Abrir o olhos e contemplar a imensidão.

Fecha-lo e encarar a dor e escuridão.

Deixo fluir, a vida assim sair.

Deixo passar e vou-me ir.

E assim na corriqueiridade tudo de esvair.

O breu é uma amargosa consolação .

Sinto tudo ao meu redor.

Mas sou isento do vigor que dá alegria aos moços.

A vida se esvai e eu a deixo seguir.

Cansaço dos meu olhos, me impedem de abrir.

Sono é o amigo próximo que não tem como fugir.

Pesados olhos ficam, sem procura de opção.

Aceitou seu desfurtunio, neste mar de cassação.

As forças já me abandonaram, não resta nada a lutar.

Vou me embora sem nada e sem ao menos pestanejar.

Ele vem me buscar, o inevitável sono depois da vida cessar.

Naralmeida
Enviado por Naralmeida em 31/05/2023
Reeditado em 01/06/2023
Código do texto: T7802087
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