Vou-me.
Vou-me para casa.
Para casa vou-me, lugar de se fechar e abrir.
Abrir o olhos e contemplar a imensidão.
Fecha-lo e encarar a dor e escuridão.
Deixo fluir, a vida assim sair.
Deixo passar e vou-me ir.
E assim na corriqueiridade tudo de esvair.
O breu é uma amargosa consolação .
Sinto tudo ao meu redor.
Mas sou isento do vigor que dá alegria aos moços.
A vida se esvai e eu a deixo seguir.
Cansaço dos meu olhos, me impedem de abrir.
Sono é o amigo próximo que não tem como fugir.
Pesados olhos ficam, sem procura de opção.
Aceitou seu desfurtunio, neste mar de cassação.
As forças já me abandonaram, não resta nada a lutar.
Vou me embora sem nada e sem ao menos pestanejar.
Ele vem me buscar, o inevitável sono depois da vida cessar.