PERDAS
Não tenho mais o abraço
que me conforta,
nem a canção que me acalma,
nem o colo que me ampara,
nem o ombro que me apoia,
nem a mão que me sustenta,
nem o beijo que me aquece,
nem a palavra que me incentiva,
nem o sorriso que me alegra,
nem o conselho que me direciona,
nem a piada que me faz dar gargalhada,
nem as homenagens que me emocionam.
Sou o pouco do que restou,
e o que restou é tão pouco
que nem sei mais se será
o bastante para que eu
continue sendo...
esse tão pouco,
esse tão nada.