Vida ao vento
Reinvento-me na paixão,
Recobro-me na ansiedade,
Finjo que ainda existo,
Na casta suavidade das flores.
Ao júbilo faço brisa no verão
Sentindo o sol do outono
Dos olhos faço faróis de milhas
Que brilham na alegria, enfim.
Na esquina vejo rosto silente
De quem nada quer ouvir
Por um instante me desespero
Fico só sem saber pra onde ir.
Meu amor daqui mora distante,
Mas teu semblante eu posso ver,
Teu sorriso eu tento persuadir,
Até que a fauna e flora se refaçam
E produzam outros viveres.
"Vai-na-fé" que o sol não tarde chegar.