Presságio

Absorto o tempo sonha

Embebido em saudades

Da estação (do tempo) da primavera

Primícias fluirão

No naufragar do inverno.

Quando chegar setembro

Presunçoso exalará

Os amenos cantos dos pássaros

Confundido às cantilenas

Do festim da natureza.

Prenhe estremece

Quer fartar-se de rosas

De jasmins flores campestres

Quer o brilho que enlourece

Finas flores perfumando

Dulcíssimos devaneios

Extasiados em desejos puros.

Presunçoso o tempo sonha

Embebido em saudades

Do alvor extasiante

Bordeja fluindo no azul do céu,

No alforriar da penumbra,

Anunciando que o vesperal

Cessa,

Homogêneo, ao brotar da lua.