DECISÃO II
Se eu decidir...
Eu, saberei viver novamente,
Sem deixar o meu coração por um fio,
Por não querer mais o amor.
Pois este até hoje só trouxe-me o vazio.
Estou errada...
Às vezes o tal devaneio,
Vem buscar-me nestas noites vazias,
Ou traz noticias pelo correio.
De tu obscura solidão,
Que esmaga o meu coração...
Tirando a vontade de sonhar,
Vá, siga o teu rumo.
Ainda não é oportuno,
- deixa-me mais um pouco delirar....
concluir o que já sei dói,
mais vale a pena ainda lutar.
Pergunto-me, noites e dias
Se até hoje só fiz fugir,
Do que não me trouxeram alegrias.
Que pensamentos errantes,
Lembro-me bem de Tasso e Dante,
Ou dos poetas protestantes,
Se ririam do meu olhar.
Piedoso com minha alma,
Que quieta chora, e se cala,
A espera de que decisão
Tu vais tomar.
Importa tanto assim o que pensas,
Que vejo-me sem saída,
Imobilizada, esquecida..
Com os olhos a te olhar.
Pense no que fomos ontem,
Alegrias em profusão,
Mas, se mesmo assim não te lembrares,
Deixai eu reavivar teu coração.
Sinto saudade dos teus abraços,
Do beijos, carinhosos sem fim...
Choro, um choro calado,
Pois tenho vontade de te sentir...
Desabafo ao modo antigo,
Mando rosas, e versos mil...
Creia em minhas palavras
Eu te amo...
Ensinas-te a mim tantas coisas,
Eu só tenho a agradecer..
Se aprendi a sentir tua falta,
Foi porque, só vivi pra você.