O velho rancho
Estou hoje à lembrar
do pequeno e velho rancho
onde por várias vezes
costumava férias passar
da gloriosa escola pública
que, francamente nunca esqueci
onde estudei o francês
língua por mim hoje mas não usada.
Rancho que apesar de ser pequeno
tinha tudo que precisávamos
como comida, água e a eletricidade
que, naquela ocasião era coisa rara
por se localisar no interior de Pernambuco
região ainda braba
apesar da sua beleza e silêncio
sendo apenas quebrado
ou, pelo próprio vento
como também pelos pássaros
com os seus cânticos diversos
ou, até mesmo por nós mesmos
seminus ao lado do açude
brincando de atirar carrapichos
que, devido os seus espinhos
nos deixavam marcados e feridos
apesar daquelas batalhas adorarmos
e, quando a noite chegava
após o jantar deliciarmos
íamos até o terraço
para vermos o céu totalmente estrelado
e, ali maravilhados observarmos
as estrelas sempre pulsando
e, com elas depois sonharmos.