As Correntes
Corrente elétrica
Corrente marítima
Correntes, irrestritas
Aprisionamento ou motivação?
Diferentes perspectivas
Para uma mesma função.
Me prendo à elas
Por questão de dependência.
Por natureza, me sinto água corrente
Fluindo sem força, mas ainda potente.
Em espaços abertos, nos braços correntes.
Dedo na tomada, choque nos dentes.
Segurança perdida
Abandonada, por vezes induzida.
Entrelaçadas, em elos
Isoladas ou unidas, flagelo.
Sufocado, me deixo levar por ventos, aéreo
Se não fosse medroso, navegaria mar afora, terreno.
Entre pólos, pingando de ponto a ponto, feito bússola.
Um forasteiro sem destino, decorrente da falta de vínculo.
Energizado, às vezes me sinto instigado
E nesses momento sóbrios, de pura atenção
Conecto-me às minhas veias, num pulsar arrítmico.
Corrente sanguínea, correnteza desenfreada, carregado.
Num salto, me desvencilhar é tudo o que busco.
Para em algum ponto, mudar de lugar, me arriscar.
Acorrentado ao universo, mas por ora não localizado.
Num cartaz um aviso: procurado.