ENFERMIDADE

A doença novamente se renova,

Sinto a presença n’alma

Brinca os pensamentos friamente

Aquecendo a sua morada...

Doente estou e agora?

Louca, insana, descontrolada.

Em busca de um só caminho...

Seja um túnel ou uma escalada.

Brincas com as lágrimas geladas,

Por saber, logo ali estar...

No deserto que me tornei o ser

De amargura ou puro desprazer.

Coroe, devora as entranhas,

Destorci o corpo pouco a pouco,

Saboreai a minha tristeza,

De não saber mais sonhar.

Devora, consome aos pouco.

Sorve o líquido da transpiração

Por agüentar a trepidação

De esse enorme ser.

Veneno percorre o sangue.

Eis, mais uma vez, a voz mortificante,

A lembrar quem vence e triunfa

A paixão doente vibra a atormentar.

Morgana Rosa
Enviado por Morgana Rosa em 11/12/2007
Código do texto: T773729
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