Escolhas
Gostaria de um final,
um ser feliz,
sem plateia ,
sem trabalho
sem retalhos.
Do dramaturgo e suas faces,
um ser pandego,
sem vilão,
sem barqueiro,
sem caprichos.
Desejo meu final,
sem críticas,
sem lágrimas,
sem palavras,
sem tempo.
Que o Criador em suas crises,
se permita,
me permita,
se esqueça,
me esqueça.
Uma constituição que dita,
sem esquerda,
sem direita,
do Centro,
sem escolhas.
Um final sem cinema,
sem teatros,
sem textos,
sem vivos,
cem mortos.
Quero gozar um suspiro,
meu,
apenas meu,
somente meu,
que seja meu.
De uma mera existência,
de distúrbios da inocência,
de fraquejos,
de lampejos
de desejos
... sem liberdade.