chove lá fora
acordei
e vi que chove
observei
que não era só lá fora
revestido de breu
minh’alma
também, chora!
dengosa
amorosa
queixando de tudo
do silêncio mudo
da carência
daquela ausência
amargo sentido
coração partido
ah! e o meu amor
na sofrência, na dor...
chove lá fora
cá dentro do alento
também chora!
triste sentimento
sem compaixão
sedento
cheio de ilusão
lamento... dura hora
vão... solidão
chove lá fora!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 dezembro, 2022, 13’37” – Araguari, MG
versão para “Chove”
Vídeo no Canal do YouTube:
https://youtu.be/uGI1pGe-G2M