Doce Cattleya – A Rainha do Sertão
Quão formosa é a Rainha do Nordeste
Catalogada pelos povos do além-mar
Quando vieram a nossa flora explorar
E a descobriram nos arbustos do agreste.
A Cattleya é uma orquídea verdadeira
Também chamada de Rainha do Sertão
Já que floresce bem no auge do verão
Espécie autóctone, a Labiata brasileira.
Seu aroma doce a faz bastante cobiçada
Sendo cultivada para fins comerciais.
De cosméticos a outros artigos especiais
Ela tem sempre sua utilidade reforçada
Mas seu encanto vai além do pragmático
Enche a Cerrado de frescor e suavidade
Em meio à seca supera a adversidade
Enquanto exala o seu feitiço aromático.
O próprio nome já revela a exuberância
Que ostenta a bela orquídea nordestina
E com certeza, sua majestade é genuína
Pois floresce cheia de graça e elegância...
Foi registrada nos catálogos oficiais
Da CNC Flora e seus estudos científicos
Também citada nos relatos específicos
Dos ameríndios e suas lendas originais
E seja qual for a sua essência semiótica
Quer pelo aroma ou por sua formosura
Do Nordeste é a ardósia doce e pura
Flor soberana de natureza mais exótica
Sempre altiva e a disfarçar sua fraqueza
Sobre as árvores luta por sobrevivência.
As abraçando sem esconder sua carência,
Mas isto em nada diminui sua realeza.
Por isso escrevo esta singela homenagem
À flor símbolo dos encantos da minha terra
Da Mata Atlântica às florestas sobre a serra
É a flor nativa que embeleza a paisagem.
Adriribeiro/@adri.poesias
Poema escrito especialmente para a Antologia Encantos Nordestinos, volume 2.