FOLHAS MORTAS DE OUTONO
Nos poemas de outono
sobrevive o desencanto
de solitárias folhas mortas...
Em revoadas de abandono,
folhas tristes vertem o pranto
que nenhum verso conforta...
Vagam as folhas sem dono,
abismando-se em espanto:
se vão ou se vêm, quem se importa?
Dormem as folhas o seu sono,
hibernando em qualquer canto
até que nova estação lhes abra a porta.
(José de Castro, 06/12/07)