A dançarina e os animais
O réptil de peito amarelo rodeia os primeiros passos da dançarina
Que domina o seu espaço na beira do rio de águas negras
Onde pousa e posa a ave de penas brancas
A qual não se espanta com a caça da noite
É num tablado de folhas secas do sol
Que se espalham pelos pés de ponta
A deixar inerte o protuberante animal
Que se encanta com a dança
Na outra margem a pernalta os observa
E se manifesta a aplaudir a cena com suas asas
Que a conduz para o topo da acariquara
Que não assombra, pois não há luz sobre as cabeças
Surge o gambá que larga a sua solidão
Os micos da região aplaudem o evento
O vento traz o pássaro que voa para trás
E descarrega o equipamento, o tempo