Ilusório
Nestas impressões sem nexo
A minha história em vida
Descrevo anseio e desejo
Como se fossem confissões
Que ficam perdidas no tempo
Diminuindo a febre do sentir
Não haverá de compreender
Nada valho que sirva aqueles
Confesso não sem importância
Um acaso quase em novidade
Pois nada que valha o tempo
A não ser brindar com o infinito
A vida compete com a dor
De quem se pode escrever
Paisagens como sensações
Narrativas figuras de cordel
Não sem a própria valia
Como a descrever o destino
Autobiografia sem os fatos
Que há de alguém confessar
Compreendo assim as mágoas
Sucedidas ao incauto intérprete
É minha vã e velha paciência
Tentando na paz se libertar