O âmago da flor
Eu queria deixar as rimas sobre desgraça caírem no esquecimento
queria poder viver sem todo esse equipamento
que eu uso para não colapsar.
Esse não é um bom momento!
Eu escrevo sobre coisas boas e gentis
mas elas parecem vergonhosas e vis
Agora sobre as maldições que vivo, não!
Para essas eu sempre tenho uma caneta na mão
Eu escrevo lindos poemas também
mas jamais suportaria que houvesse qualquer desdém!
Deixe-os aqui, eles guardam minha singularidade,
eles guardam as flores que colhi da vida desde a pouca idade,
eles guardam a gentileza e a minha solidariedade,
eles gardam meu calor, meu afeto e minha mocidade,
eles guardam meu amor, meu zelo e me protegem da sua desonestidade.