Contrição ou remorso...pesar!

E hoje o vinho tem outro gosto

A solidão impera e uma lágrima

Solitária, descendo pelo rosto

Teima em indicar caminhos

Entre os eus e os devaneios

De relações realocadas

A pinturas insignificantes

De um poeta solitário e claudicante

Que insistente desloca seu doer

Até pontos onde seu julgar não chega

Mas desconsidera sua imunda condição

De pobre humano definhando,

Sem noção, sem pedir, sem pudor

Com futuro incerto, passado torpe

Nunca a outro conectado

Sem viver, deslocado

A poesia como companheira.

A Musa

Desligada e muda, ignora este habitar

E dispersa, desperta do transe,

Só para desprezar o poeta

Que já não serve, não sente,

Escravo que é deste ócio

Que nem divertido é

E serve apenas para expor

O poeta e sua dor!

Rubens Lôbo

Rubens Lôbo
Enviado por Rubens Lôbo em 29/10/2022
Código do texto: T7638323
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