O vale das verdades 1
Noite profunda
Vejo abismos num céu sagrado
A lua dourada perece portal pra outra vida
Ouço moribundos no seu canto de despedida.
Você sabe que não há escolhas
A vida passar por seus olhos
Não podes fazer nada a não ser observar.
O quinto andar daquele prédio
A última estação
Você quer ir na contra mao
Mas há apenas uma via
A via dolorosa de te ver partir
De olhar nos teus sem querer dizer adeus
De estremecer cada sentimetro da carne
De chorar escondido da tua face.
Vejo o sol nascer minha esperança está lá fora
Posso respirar, enlouquecer tenho o direito
Correr para encontrar o mar
Para silenciar, para perguntar porquer
E agora já vai longe, já se faz anos
Eu guardo tudo eu lembro tudo
Eu sou um túmulo
Os passos que eu dou são por tua causa.