Rayblueban

Todos os apaixonados olham o céu Azul.

Refletem-no em seus olhos. Os apaixonados e também as pessoas tristes.

O Azul era grato por ser tão inspirador.

Mas observou que muitos olhavam-no de óculos escuros.

O Azul desejou usar óculos escuros; queria ver além de ser visto, queria uma forma, um jeitinho para olhar.

Cool, legal, na moda.

Mas o Azul não podia ver os sentimentos das almas; e entristeceu-se.

Deus então assoviou e ordenou aos estorninhos que lhe fizessem óculos.

As aves voaram em sincronia, formando uma armação única no Blue.

Um azul com face.

Ele viu o Roberto Blue em frente ao portão, e o seu cachorro sorrindo-lhe latindo, quando as malas ele colocou no chão.

O Azul gosta de ver as pessoas voltando para casa.

As crianças autistas sorriram-lhe pulando, com desejos nas pontas dos dedos.

Azul Noel.

O Azul de tão feliz queria sorrir: vieram os pelicanos e formaram-lhe a boca; e as andorinhas, cabelos.

O Azul vibrou em êxtase, e os jaburus representaram as batidas do seu coração.

( Ouçam o portão, canção de Roberto Carlos, ou seja, Roberto Blue).

O aconchego tem a alma azul.

Poeta de Borralho
Enviado por Poeta de Borralho em 21/08/2022
Reeditado em 21/08/2022
Código do texto: T7587473
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