POEMA DAS TELAS PRAIEIRAS
POEMA DAS TELAS PRAIEIRAS
Poesia contando em telas
Bucólicas paisagens praieiras,
Mostrando hoje, antigamente;
Nobres traços expondo o simples
Com linguagem que se vê e sente.
Jangadas na areia, distantes
E com velas enfunadas, no mar,
Velho samburá destinhorado
Ao lado dos troncos de coqueiro
Que esperam o pescador chegar.
Velha caiçara mal cuidada
Local de partilha do pescado
Onde histórias são contadas;
Arruado de toscas palhoças,
Onde as vidas ficam guardadas.
Um velho cruzeiro mal caiado
Esquecido, vendo o nascente,
Capela dos pouco abrigados,
Amparo para os penitentes,
Donde partem abençoados.
Altos coqueiros desaprumados
E outros há tempos derrubados,
Judiados pelas ondas, ventos,
Retratando embate constante
Onde há mandado e mandante.
Personagens também são bem vistos:
Crianças brincando na areia,
O vendedor de peixes na lida,
Adultos puxando o arrastão,
Todos levam às telas mais vida.
Assinado e dizendo quando,
O poema é apresentado,
Entre linhas são as entre cores
Notadas no carinho pintado,
Vão-se as tintas, ficam os quadros.