JARDINS EM PAREDES

 

A flor do desespero viceja

Na calma lenta da tarde

Alimenta-se do concreto

Orgulhoso da sua solidez.

 

Eu rabisco meus versos

No retorno ao passado

Refaço rimas incompletas

E aliso as estrofes ásperas.

 

Talvez eu não seja um poeta

Mas cultivo jardins em paredes.

Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 18/07/2022
Reeditado em 18/07/2022
Código do texto: T7562614
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