"SERTÃO DO JUDAS"

Com a trouxa na cabeça,

lá vem Maria do pinico

Carregando a roupa suja.

para lavar no velho Chico.

É de segunda a segunda,

entra janeiro sai janeiro.

Pescando e lavando roupa,

pra ganhar pouco dinheiro

É o tal de nascer com a sina,

para enfrentar o sol e frio.

Ficar velha lavando roupa,

e pescando na beira do rio.

E mais três já bem mocinhas,

Cotinha, Joana e Desimar!

Casam e o homem abandona,

buscando sonhos noutro lugar,

Só tem duas formas de viver,

neste sertão cheio de risco,

Se nova: quenga de coronel,

velha... Pescando no Chico.

Entra década e acaba década,

já é aceito como destino cruel.

Se acabar velha no velho Chico,

Depois de quenga de coronel.

Trovador

Meu poeta querido e um dos melhores mestres

neste nosso Recanto das Letras, devo desculpas

a tantos bons amigos e meus professores nesta

arte difícil de criar poesias. Obrigado mestre Jacó

e à todos que ainda não fui visitar com a certeza

de que quem perde sou, mas as coisas a medida que

vamos envelhecendo e os que nos amam também,

Tudo vai ficando mais difícil, mas acho que ainda

vou ter a chance de tentar ser feliz de novo.

Abração mestre Jacó e obrigado pelo carinho.

Deus nos ilumine sempre.

POBREZA MALDITA

Mestre Jacó Filho

Com esta sina maldita,

Que a sertaneja suporta,

Achando que foi escrita,

Por um santo que não gosta,

Já que reza e não perdoa,

Obrigando ser à toa,

No tempo que for bonita,

Pra depois querer a morte,

Com esta sina maldita,

Que a sertaneja suporta...

Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...

Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 13/07/2022
Reeditado em 16/07/2022
Código do texto: T7558891
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.