Abrir da Alma...

Eu escrevo na emoção

Na emoção da minha dor

Ela que vem e me arremata

Me engole e me arrebata

E por fim me maltrata

Eu escrevo na paixão

Na paixão do meu anseio

Que me consome com desejo

Me tirando suas cordas

E me atirando ao chão

Navego na loucura

A mãe da santa bagunça

Mistura de apego e desapego

Do ficar ou ir embora

Em uma explosão impura

Escrevo com revolta

A revolta de não entender

Esse tal repetir

Como parar?

É como não respirar

Ou morrer?

Com pequenas doses de veneno

Um vivo estando morto

Escrevo na incoerência da mente

No desuso do sentimento

Eu escrevo por fim

O que não consigo dizer

E assim possa ser traduzido

Bruxinha Faceira
Enviado por Bruxinha Faceira em 12/07/2022
Código do texto: T7558131
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