Abrir da Alma...
Eu escrevo na emoção
Na emoção da minha dor
Ela que vem e me arremata
Me engole e me arrebata
E por fim me maltrata
Eu escrevo na paixão
Na paixão do meu anseio
Que me consome com desejo
Me tirando suas cordas
E me atirando ao chão
Navego na loucura
A mãe da santa bagunça
Mistura de apego e desapego
Do ficar ou ir embora
Em uma explosão impura
Escrevo com revolta
A revolta de não entender
Esse tal repetir
Como parar?
É como não respirar
Ou morrer?
Com pequenas doses de veneno
Um vivo estando morto
Escrevo na incoerência da mente
No desuso do sentimento
Eu escrevo por fim
O que não consigo dizer
E assim possa ser traduzido