MAGNITUDE DAS ÁGUAS

Fecho os olhos e trago na mente

Aquele amanhecer da enchente

Os gritos de alerta da vizinhança

Chove forte na cabeceira do rio.

 

As águas desciam imponentes

Desembocavam por todo lugar

Um cenário tão deslumbrante

De um rio que parecia um mar.

 

A magnitude das águas correntes

Bem ali no portão do meu quintal

Um pauzinho fixado na beira do rio

Marcava o fluxo da torrente final.

 

A criançada pinoteava na lama

O moço varava a cheia nadando

A rapaziada saltitava da ponte

Nos trilhos, Maria fumaça veloz.