Bailando

O minueto domina o salão

Ofuscado está o som das carruagens

Celebrantes chegam aos pares no grande pátio

O tempo regente segue e espera a dança perfeita...

O casal infinito

Muitas lembranças, uma sintonia...

Aproximam-se, sem máscaras e sem retoques

Cumprimentam-se enquanto a lareira aquece

A chama firme vai dissolvendo as angústias

Lá fora o vento é senhor

Assovia testando os laços

A suntuosa baía abraça o palácio

É a tomada de barcos e suas lanternas

Junto com as fantasias vem as ondas

Os suspiros surgem impregnados pela maresia

Essas noites não tem medo

Bolos e taças brindam os sonhos

Na comunhão de verbos e flores

Eis onde a guerra perde e a filosofia vem vitoriosa

É a vivenda da luz

Longe do estribilho da arrogância, a revolução vibra suave e linda

Enquanto a saudade se dissipa veloz

Nas cartas de Bem, o coral de um novo chamado se adianta

Invocando as estradas invisíveis

Aprendizes a como rios amar nos acordes inseparáveis e doces

São os escritos das neves e areias

O quebra-cabeça genial da história

Onde suas peças lançam mistério, luta e magia

Lágrimas felizes, benditas, emocionadas envoltas em rodopios

Acalmam os corações combalidos

Eis o plural

O santuário de ideais não rasgados

São exercícios de dedilhar

Brincando entre realizações caudalosas

Belos favos de alegria e esperança...

Na fidelidade que transpõe paralelos

Ana Luiza Lettiere Correa
Enviado por Ana Luiza Lettiere Correa em 26/04/2022
Código do texto: T7503145
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