Bailando
O minueto domina o salão
Ofuscado está o som das carruagens
Celebrantes chegam aos pares no grande pátio
O tempo regente segue e espera a dança perfeita...
O casal infinito
Muitas lembranças, uma sintonia...
Aproximam-se, sem máscaras e sem retoques
Cumprimentam-se enquanto a lareira aquece
A chama firme vai dissolvendo as angústias
Lá fora o vento é senhor
Assovia testando os laços
A suntuosa baía abraça o palácio
É a tomada de barcos e suas lanternas
Junto com as fantasias vem as ondas
Os suspiros surgem impregnados pela maresia
Essas noites não tem medo
Bolos e taças brindam os sonhos
Na comunhão de verbos e flores
Eis onde a guerra perde e a filosofia vem vitoriosa
É a vivenda da luz
Longe do estribilho da arrogância, a revolução vibra suave e linda
Enquanto a saudade se dissipa veloz
Nas cartas de Bem, o coral de um novo chamado se adianta
Invocando as estradas invisíveis
Aprendizes a como rios amar nos acordes inseparáveis e doces
São os escritos das neves e areias
O quebra-cabeça genial da história
Onde suas peças lançam mistério, luta e magia
Lágrimas felizes, benditas, emocionadas envoltas em rodopios
Acalmam os corações combalidos
Eis o plural
O santuário de ideais não rasgados
São exercícios de dedilhar
Brincando entre realizações caudalosas
Belos favos de alegria e esperança...
Na fidelidade que transpõe paralelos