Amanhã
Tudo tão quieto
Calado
O espaço
Ausente
Abarrotado
E de muito
Estou vazia
Completamente cheia
De armadilhas
Cinco passos
Olha o chão
Não me enquadro
Contramão
Engole o choro
Prende o ar
Não adianta
Suspirar
Espesso
Escuro
Turbilhão
Eu não vou
Segurar sua mão
Dois
Três
Segue em frente
É muita gente
Tem que ir
Eu não vou
Ficar aqui
Impor limite
É preciso
Não me mostre
O seu sorriso
Senta
Chora
Faz doer
Como fênix
Renascer
Talvez amanhã
Amadurecer
Não vou estar
Aqui pra ver