Olhares
Olhares
Da varanda,
Em espreita.
O olho mágico revela
A imagem ovalada,
Desolada
Entre arestas e medos.
O poste da praça
Aceso
(sempre fora).
A luz se derrama,
Cansada,
Sobre os temores das noites.
Silêncio absoluto!
A vida se recomeça
E o poeta adormece
A rima,
O tema,
O rumo,
A rema,
A pena.
Lá fora,
O escárnio
E o escarro...
Paulo Pazz