BUCOLISMO

NO BUCOLISMO DA SERRA

Lá onde o pica pau acorda cedo

Para estocar os troncos de madeira!

As maritacas anunciam em bando

O novo dia como cantadeiras...

Pintacilgos limpam gargantas e

E o macuco canta escondido...

No bucólico ambiente naquela Serra

Terra de silêncio e do sossego,

Percebo a paz e a felicidade que

Invade a vida e convida ao prazer

Do conhecer os mistérios nas

Dobras onde o vento se curva,

A chuva rega a floresta, as réstias

Do sol acariciam a natureza...

Com certeza, lá naquele pé de serra

Mora a paz e o silêncio orante de

Todo amante da natureza!

Onde o dia e a noite se unem ao coachar

Dos sapos e da cantoria dos grilos guapos!

A leveza da brisa vem beijar as folhagens,

O luar enamorado alisa os amores romanceados...

Orvalhado o chão desse sertão inebria o coração!

No chuá da corredeira, o riacho límpido serpenteia

Pelas encostas abrindo caminho na paz de suas águas!

Um barquinho desliza suave sem rumo e leva o

Amor de alguém para outro amado e vai todo aprumado!

O bucólico sopro divino dessas paragens é prenúncio

De um paraíso terrestre com as maravilhas campestres!

Quisera eu poder viver com minha amada na nossa

Choupana, longe do mundo e toda a tara insana!

Acordar com a orquestra da passarada... A réstia de

Sol entrando pela janela, como um quadro em aquarela

Despertando ao som das maritacas tagarelas!

Do saboroso café, que expele seu aroma pela chaminé

Propagando a fé e a esperança naquela serra de bonança!

Jose Alfredo

Jose Alfredo
Enviado por Jose Alfredo em 13/02/2022
Reeditado em 14/02/2022
Código do texto: T7451399
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