À Superlua fiz um pedido dorido
Que trouxesse o meu amor perdido
Na imensidão do céu estrelado!
Sem resposta e sem amparo
Implorei à Lua Azul, fato raro,
Que me libertasse da dor!
A Lua escabreada foi se escondendo
Numa nuvem imensa mas solitária
E as minhas forças já precárias
Levaram-me para o mundo da agonia
Entre soluços, desencantos e tormentos,
Quase cedendo ao apelo da morte
Lembrei-me da outra Lua
A Lua de Sangue, poderosa,
Ah! Meu Deus quanta sorte!
Ajoelhei-me e abri o meu coração
Suplicando alívio e proteção
Para um amor fugaz e irreal
Com medo mas determinada
Busquei o firmamento
Açoitada por um anjo chamado vento
E lá estava a solução:
As Três Luas encantadoras
Clarearam os meus sentimentos
E naquele exato momento
Libertei-me dos grilhões da ilusão!
Paixão é efêmera, perigosa,
Maltrata, alucina, atordoa,
Transforma a alma da pessoa
Em terra árida, sem vida, tediosa!
Agradeci serena e confiante
Hoje sou apenas amante
Das Três Luas que um dia...
Voltarão!