Poeminha do Amor Despedaçado
Trago em mim todas as incertezas de uma alma antiga
Vivo perto demais do fim de tudo e as rosas que irrigo são volúveis
Quero o berço abençoado das manhãs para embalar as minhas poucas esperanças
Trago nas mãos terços que não rezei porque tive medo de perder a fé de vista
Vivo longe dos amores que pensei ser definitivos e eternos.
Quero o colo do moreno para descansar os suspiros desse mundo repleto de cafunés interrompidos
Trago em mim a calmaria do mar e a inconstância das marés. Sou feita de areia movediça.
Vivo em espasmos!
Quero esparramar o sentimento mais belo em terreno árido
Trago vidas nas esperanças que teço nos terços não rezados no colo do moreno que me marcou a pele com amor despedaçado
Trago sem sentir a vida que quereria se ainda pudesse ter-te logo ali, naquela esquina onde nunca mais te vi.