A esperança do Vem-vem...
Veste o campo o manto verde da esperança...
A brisa fresca espalha o canto do Vem-vem.
Anunciando que a harmonia nos convém
E que é necessário cultivar a temperança...
Mas se a saudade me coloca em prostração
Renova minha crença ao som duma Guriatã,
Que o amor vem me chamar pela manhã
Para reanimar o meu tristonho coração...
Pois minha sina "é viver pra querer bem"
Esperançar em ter o amor perto de mim
E quando eu ouço o trinado do Fim-fim
Como Gonzaga, "penso que ele já vem..."
Afirma o povo ser prenúncio do além
Ouvir tal canto ao redor de nossas casas
E se avistá-lo a cantar batendo as asas
É a felicidades que vem reinar ali também...
Poema em homenagem ao saudoso Luiz Gonzaga, Rei do Baião. O Poeta que cantou a natureza e a saudade com maestria.