A espiar.

O dia chegou vestido de chuva

Com franzidos de cinza

O barulho das águas quebra o silêncio

Dessa fria manhã.

E como se a cor dessas nuvens fosse Transmudada em metal

E precipitada sobre os olhos,

Que ainda pesados, espiam

No nascer dessa manhã fria.

O vento a vadiar, beija as flores do quintal

Adentra pelas as janelas

Se agarra as cortinas

E dança com elas.

As horas me diz sobre o tempo,

Lasso , sonolento a se arrastar.

A manhã parece não querer encontrar a tarde.