A lágrima, o vestígio e a janela

Do décimo andar.

A chuva na janela

Numa tarde melancólica

A figura bucólica

Que num arrepio gela.

É só abrir e pular.

Pular do décimo andar

E não olhar na cara do medo

Sentir o vento no rosto

Encerrar de vez o sendeiro.

Voar para o além.

Sabe Deus,

Às vezes não entendo

Porque as pessoas sofrem

Sendo que nascem para serem felizes.

Daí,

Encosto na janela

Olho pra rua

Olho pra lua

E não vejo nada além do nada

Querendo existir.

Hellen Ferraz
Enviado por Hellen Ferraz em 02/12/2021
Código do texto: T7398493
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