ARES DE SETEMBRO
Estou aqui... Estou aqui!
Como um gato novo e matreiro
A repousar num parapeito de um alpendre,
De aconchegante casa em litoral
Sentindo o vento bom de setembro
A temperar a secura da estação:
Tal como ele acaricia a floração dos ipês,
Embala, também, a minha cabeleira...
A natureza é pra mim... A poesia é assim:
Como redemoinhos de aladas sementes
À sorte do vento, jardineiro da vida,
Nas amarelas frondes desses vergéis sobre o azul...
Azul do céu no turquesa do mar
Oceano da chuva matutina!
Cheiro de mar que abraça a Ilha do Amor
Postada sob a guarda de Gonçalves Dias:
O grão-poeta, em sua nobre coluna coríntia,
Voltado ao ponto de sua hecatombe: a baía...
Esse valente das letras, como soberba árvore,
Também esparge suas sementes nesses ares...
Aragens embaladas pelas mais belas musas,
Geradoras e nutrizes da “Atenas brasileira”
E das suas brisas buliçosas que, agora, acarinham,
Reverentes, as cacheadas madeixas da minha jovem estrela...