Na clareira
Havia uma estrada sinuosa que percorria entre os montes
Tão altos e imponentes, que se destacavam
As nuvens em volta o cobriam, com sua neblina
Contudo ele permanecia forte em seu devido lugar
Árvores frondosas emolduravam o lugar
Que era banhado pelos rios ,tão suaves, tão solenes
Onde encontrei uma clareira
Nela vi os raios do crepúsculo iluminando entre as folhagens
Secas e amarronzadas , que já se dissipavam no chão
Olhei para o céu e vi , no céu azul índigo
Como a riqueza é tão pequena
Os rios não entendem tão pouco falam
Porém são fortes e capazes de levar tudo para onde quiser
Os montes sejam encobertos ou não
Tão pouco deixam de exalar sua imponência
As árvores frondosas sabem ser belas no seu momento oportuno,quer secas ou não elas não desfalecem
Com as raízes enfincadas ao solo, mesmo ao vento mais imperioso, elas se erguem e nunca se curvam
A natureza sabe o seu lugar
E cada uma remete em sua estrutura uma pintura que nem Picasso foi capaz de pintar
É uma obra prima que aprendeu na simplicidade que a beleza verdadeira consiste naquilo que você é
Não naquilo que você tem
Cada um é belo a sua maneira
Cada um reluz a sua forma
Diria um ditado que nem tudo que reluz é ouro
Mas tudo o que o faz brilhar, reluz
E a nossa luz só é vista pelos olhos daqueles que sabem apreciar a paisagem da vida
Onde eu e você
Não somos apenas expectadores ,mas parte dessa obra
Gloriosa que se desenrola a cada manhã
Quando simplismente decidimos erguer os olhos e apreciar.