“COMO NUVEM QUE PASSA”.
Sou como nuvem que passa,
E tão depressa se afasta,
Perdendo-se na imensidão!
Aos poucos percorrendo o céu,
Tal qual um bordado papel,
Sem deixar rastro então!
A forma em que vive o poeta,
Simples pena como pequena seta,
Que penetra um coração!
Levando através dos versos,
Nas páginas desse universo,
Se amor ou desilusão!
É como a luz que clareia,
E tantos corpos incendeiam,
Forçado por estrema luz!
Que vai ao ser penetrando,
E densas trevas dissipando,
Nos moldes que o amor conduz!
É como vento que percorre,
Nas direções que se move,
Trazendo a sensação de frescor!
Nessa configuração que o poeta,
Transcreve de forma aberta,
Seus sentimentos e dor!
Como um gentil passarinho,
Que voa pra longe do ninho,
E volta sempre quando quer!
Assim vive o poeta é também,
Com afeições que vão e vem,
Das formas que convier!
É igual as água das fontes,
Que percorre bem distante,
De sua frígida nascente!
Em cada linha composta,
De tantas frases expostas,
Perpetuam igual semente!
E assim cada prosa ou verso,
Prescritas por este universo,
Afloram naturalmente!
São como as águas jorradas,
Pelas nuvens carregadas,
Em precipitações torrentes!
Com inspirações voluntárias,
E imaginação extraordinária,
Vai compondo cada texto!
Assim horas rir, horas pranteia,
Como as emoções que o rodeia,
Sentidas em cada contexto!
Em cada instante ou emoção,
Germinam seus versos e canção,
Compostos com sensatez!
Frases simples ou complicadas,
Jamais serão arquitetadas,
Pelo poeta que a fez!
Por isso que cada poema,
De amor ou qualquer tema,
São guardados na memória!
E todos aqueles que o ler,
Vão de certa forma entender,
Por parte de sua história!
Cosme B Araujo.
27/07/2021.