Bucólico
Sonho na busca que me invade
No preencher dos meus olhos
De mar em dias solitários
De tanto esperar nas ondas
Moro em meus pensamentos
Que sequer alcançam o velejar
Assim vou morrendo de mar
Enterrando anseios na arreia
Escrevo memórias pras águas
E são tantas páginas apagadas
Reviradas ao avesso sem acesso
Em dias vazios de promessas
Lavados em pedras de sal
O amor a escorrer nos dedos
Encharcando a brisa de medo
Por esse segredo que te espera
Com esse sonho de bruma
Que na estrada triste de amar
Trás um caos inconsequente
Em promessas de poético olhar