SONHANDO
Parece que o mundo desaba
caindo todo em cima de mim,
sem ter o cheiro da goiaba
e nem a doçura do pudim.
Como se num mar uma vaga
tivesse chegando ao fim,
como as luzes que se apaga
sobre a cidade de Turim.
Igual a poeira da estrada
que mata devagar o jardim,
não tem o silêncio da madrugada
e nem a carruagem de Aladim.
Sinto que toda a vida esmaga
não poupa, nem rosa e nem jasmim,
vejo a fúria de uma adaga
nos fortes punhos de Rasputim.
Naquela lagoa prateada
estava lutando com surubim,
vi Gengis Khan em gargalhada
me chamando de mandarim.
Mas os sinos daquela orada
trouxe-me de volta ao camarim
a minha gatinha folgada
dormia, em cima do meu rim.
Parece que o mundo desaba
caindo todo em cima de mim,
sem ter o cheiro da goiaba
e nem a doçura do pudim.
Como se num mar uma vaga
tivesse chegando ao fim,
como as luzes que se apaga
sobre a cidade de Turim.
Igual a poeira da estrada
que mata devagar o jardim,
não tem o silêncio da madrugada
e nem a carruagem de Aladim.
Sinto que toda a vida esmaga
não poupa, nem rosa e nem jasmim,
vejo a fúria de uma adaga
nos fortes punhos de Rasputim.
Naquela lagoa prateada
estava lutando com surubim,
vi Gengis Khan em gargalhada
me chamando de mandarim.
Mas os sinos daquela orada
trouxe-me de volta ao camarim
a minha gatinha folgada
dormia, em cima do meu rim.