Povo fantasma

As ruas estão mortas e nelas se infiltram as sombras, o tempo fez seu trabalho antecipando o esquecimento com esse desdém calculado

As casas estão vazias, ali ninguém mais cultiva a esperança, nem se escuta o espanto, nem o grito do feliz ou do aflito

Não á pombas nem pipoqueiro, nem sorte azar ou mistério, apenas dilúvios de agua que bruscamente varrem o que restou

Os dias e as noites já não fazem sentido, são como instantes enterrados no tempo, como horas implacáveis dum perpétuo crepúsculo...

Diego Tomasco
Enviado por Diego Tomasco em 12/05/2021
Código do texto: T7253948
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