Só um pensador errante

Procuro uma beleza oculta, na beleza culta da simplicidade

Procuro traços de verdade, pra contrastar contrastes onde a verdade jaz

Procuro um novo dialeto pra ser mais direto no que vou falar

Procuro um sorriso aberto, um gargalhar, um afeto pra eu mergulhar

Eu sigo um caminho bento, um caminhar sereno pra se acompanhar

Abraço os meus pensamentos, às vezes barulhentos e vamos passear

Divago no que tô querendo, e sem querer querendo eu quero te contar

Não quero na minha companhia a sintonia fina do meu caminhar

Divago e devagar me largo e deixo a deriva barco a vaguear

Me faço e depois me refaço e nem sequer disfarço como ondas no mar

que chegam e depois me deixam e quando as percebo não estão mais lá

Me encontro talvez no acaso e caso haja ocaso deixa eu pensar