VIDA CAMPESTRE
Amo este cheiro de terra molhada
Pós chuva no fim de tarde enquanto a criançada toda dentro de casa espera a hora do jantar.
Amo o barulho em coro livre da fauna,
Cada espécie com seu canto peculiar,
Umas agrupadas, outras tristes solitárias
Amo como elas se apresentam,
umas se arrastam, outras parecem descansar enquanto flutuam, e há ainda as que sobem, voam tão alto, aponto de não as vermos nunca mais.
Amo o balanço festivo da vegetação,
Umas mais imponentes feito sentinelas, outras rasteiras revestindo o solo qual tapete persa.
Amo o jeito fácil que as corredeiras desembocam, cortinando de esperança a aridez do solo umedecendo folhagens secas e torrões.
Amo o jeito improvável da natureza refazer pinturas, desabrochar pétalas e reconstruir caminhos,
Isto aqui bem aproveitado é um paraíso.