A cantiga do vento
Quem vive ou já viveu à beira da maré.
Sabe de ouvido quando ela está enchendo.
Pelo barulho que o vento vem fazendo.
Em tudo que ele vai encontrando ali de pé
À noite o som das palhas dum coqueiro.
Ao sabor do vento no quintal a balançar
É o som que ouço num cadenciar brejeiro
Como se fora uma bela cantiga de ninar...
Em minha infância eu morei no litoral...
Quando meu pai trabalhava de vaqueiro.
E noite adentro eu já ouvia-lhe o ritual...
Pois seu relógio era o locutor sertanejeiro.
Ao som do vento misturado ao de um modão.
Eu escutava sempre o meu pai se levantando
E essa lembrança que para mim é uma canção
De dia se cala como a maré que vai secando...
Assim às noites o som do vento me visita...
Quando amanhece vai sumindo suavemente.
E como à maré ensina a dança mais bonita.
A noite ele vem ninar meu sonho novamente.
Adriribeiro/@adri.poesias
Esse poema é uma homenagem ao Litoral Sul segipano. É uma lembrança da minha infância à beira da maré do Povoado Crasto- Santa Luzia do Itanhi/SE.
Quem vive ou já viveu à beira da maré.
Sabe de ouvido quando ela está enchendo.
Pelo barulho que o vento vem fazendo.
Em tudo que ele vai encontrando ali de pé
À noite o som das palhas dum coqueiro.
Ao sabor do vento no quintal a balançar
É o som que ouço num cadenciar brejeiro
Como se fora uma bela cantiga de ninar...
Em minha infância eu morei no litoral...
Quando meu pai trabalhava de vaqueiro.
E noite adentro eu já ouvia-lhe o ritual...
Pois seu relógio era o locutor sertanejeiro.
Ao som do vento misturado ao de um modão.
Eu escutava sempre o meu pai se levantando
E essa lembrança que para mim é uma canção
De dia se cala como a maré que vai secando...
Assim às noites o som do vento me visita...
Quando amanhece vai sumindo suavemente.
E como à maré ensina a dança mais bonita.
A noite ele vem ninar meu sonho novamente.
Adriribeiro/@adri.poesias
Esse poema é uma homenagem ao Litoral Sul segipano. É uma lembrança da minha infância à beira da maré do Povoado Crasto- Santa Luzia do Itanhi/SE.