BUCOLISMO
É AQUI NO SERTÃO
Onde mora a paz, e, o sossego...
Onde o ribeirão canta o seu “chuá”
De águas límpidas, e, frescas...
É aqui neste sertão onde mora o
Vento chorão, e, canta o risonho violão!
Aqui neste sertão de muitas saudades
Onde meu olhar se perde nas paragens!
O céu se encontra com a Terra, o sol
Se põe no pé de serra, e desterra a tristeza!
Do luar, que banha carinhoso meu amor
Por sinhá moça “Margarida” no silêncio
E, na cantiga de moda de minha viola!
É no bucolismo do sertão, que, eu sinto o cheiro
Do mato molhado... Da chuva bendita...
Da harmonia no cantar dos grilos...
Do piu silencioso do “urucu”...
Ao grito estridente do pintassilgo!
A paz reina no sertão, onde a natureza
Se aquieta, o silêncio canta no uivar da brisa,
Onde o sol se esconde, e, a lua desponta à noite!
É no sertão, que mora minha alma, e habita no
Meu casebre simples, e, humilde, mas, pleno de
Felicidades... Onde o aroma do café de bule
Chama o viajante de longe, na fumaça da chaminé...
É no sertão, que, se cultiva a vida de muita fé!
Terra onde plantando tudo dá, floresce, e germina!
Do dia, que, amanhece, e, depois da labuta termina
Com uma oração a nosso “Sinhô” de muito “amor”!
É neste pedaço de chão, que vivo nas bênçãos e graças
De mãos dadas com a santa natureza de tanta beleza!
Jose Alfredo